Terremoto e tsunami no Chile teriam afundado solo marinho, diz estudo
Pesquisa detectou mudanças no movimento das marés
em praias do país.
Superfície terrestre teria sido modificada após tremor de magnitude 8,8.
Superfície terrestre teria sido modificada após tremor de magnitude 8,8.
O forte
terremoto que atingiu a região de Maule, no Chile, em 2010, pode ter afundado o
solo marinho em determinadas áreas e causado o desaparecimento de habitats
naturais, segundo estudo publicado na "PLoS ONE".
A pesquisa,
divulgada nesta quarta-feira (2) foi realizada por cientistas de universidades
do Chile, Estados Unidos e Alemanha.
Eles apontaram
casos de subsidência (deslocamento de superfícies terrestres para baixo)
encontrados em algumas praias, o que modificou a altura de alcance das marés,
por exemplo.
Tais fenômenos
foram detectados em praias de Maule e Boyeruca, por exemplo. O estudo aponta
ainda houve uma redução na quantidade de espécies e habitats naturais nessas
áreas.
Em algumas
praias de areia brancas, por exemplo, não há mais presença de alguns tipos de
vegetais marinhos.
Impacto
positivo
Já em localidades onde existiam barreiras construídas pelo homem (conhecidas como quebra-mar), agora é possível verificar a presença de invertebrados nos costões rochosos.
Já em localidades onde existiam barreiras construídas pelo homem (conhecidas como quebra-mar), agora é possível verificar a presença de invertebrados nos costões rochosos.
Segundo a
pesquisa, já há indícios de colonização de invertebrados nessas áreas, que
antes eram excluídos devido às barreiras impostas.
Esses animais
teriam sido "afastados" dessas áreas devido às construções e agora
"retomam" a região como consequência da catástrofe.
Em 27 de
fevereiro de 2010 um terremoto de magnitude 8,8 atingiu o Chile e durou cerca
de três minutos. O tremor causou um tsunami de 2,6 metros na região de Valparaíso
e foram confirmadas 723 mortes. Porém, o governo chileno trabalha com um grande
número de desaparecidos.
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